O mercado de crédito de carbono é uma parte fundamental dos esforços para combater as mudanças climáticas, e as instituições financeiras desempenham um papel significativo nesse mercado. Bancos e outras organizações podem fornecer financiamento para projetos que visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como instalações de energia renovável, projetos de eficiência energética, reflorestamento, projetos de agricultura regenerativa, integração lavoura pecuária ou restauração de áreas degradadas, por exemplo.

Ao financiar esses projetos, as instituições financeiras podem obter créditos de carbono que podem ser usados para cumprir metas de redução de emissões ou vendidos no mercado. A oportunidade de obter créditos de carbono dos órgãos de certificação ou autoridades competentes nada mais é do que uma forma de recompensar as instituições pelos investimentos realizados.

Para esclarecer com mais profundidade, preparamos este conteúdo onde respondemos: o que são os créditos de carbono, como anda este mercado no Brasil e onde entram as instituições financeiras nesse contexto.

O que são créditos de carbono?

Os créditos de carbono são certificados que representam uma tonelada métrica de dióxido de carbono (ou seu equivalente em outros gases de efeito estufa) que foi removida ou evitada da atmosfera por meio de um projeto de redução de emissões certificado.

Esses projetos podem incluir melhoria da qualidade do solo, tratamento de resíduos sólidos, programas de eficiência energética, entre outros. Uma vez que esses projetos são implementados e verificados por autoridades competentes, os créditos de carbono são emitidos e podem ser comercializados no mercado.

créditos de carbono

O mercado de créditos de carbono no Brasil

O Brasil, como um dos maiores emissores de GEE do mundo, reconhece a importância de ações concretas para combater as mudanças climáticas. Nesse contexto, o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) surge como uma ferramenta promissora para promover a descarbonização da economia.

Com isso, o mercado de carbono abre um leque de oportunidades para o setor financeiro. A expertise em compartilhamento de dados, impulsionada pelo Open Finance, pode facilitar o desenvolvimento de soluções transparentes e eficazes SBCE, como:

  • Transparência e Gestão de Riscos: O compartilhamento de dados pode aumentar a confiança no mercado, facilitando a identificação e mitigação de riscos por parte dos participantes.
  • Fintechs e Inovação: O ambiente favorável ao desenvolvimento de Fintechs abre portas para a criação de produtos inovadores baseados em créditos de carbono, impulsionando a dinâmica do mercado.
  • Novos Produtos Financeiros: A exploração de ativos como criptoativos, NFTs, blockchain e inteligência artificial pode gerar novas oportunidades para o setor financeiro.

Em 2022 o Banco Central do Brasil publicou uma edição da instrução normativa 325 com o objetivo de regulamentar a contabilização de instrumentos financeiros relacionados a iniciativas de sustentabilidade climática e socioambiental.

De acordo com o comunicado do BC, essa medida visa impulsionar o desenvolvimento dessas operações ao estabelecer os critérios para o reconhecimento e classificação desses ativos nos registros contábeis das instituições financeiras. O órgão ressalta que a regulamentação também irá promover maior transparência no setor.

“A medida tem como objetivo dar maior transparência à utilização desses ativos pelas instituições financeiras, assim como dirimir eventuais incertezas e padronizar o seu registro contábil, de modo que o BC possa monitorar os ativos de sustentabilidade mantidos por essas instituições em suas carteiras de investimento, acompanhar a evolução do mercado e, quando necessário, adotar medidas de forma tempestiva”, afirmou o BC em nota.

Ainda há desafios a serem superados, como a maturação de tecnologias e a regulamentação de novos produtos financeiros. Apesar disso e da necessidade de avanços em termos de políticas e infraestrutura, o Brasil tem potencial para desenvolver um mercado de carbono robusto e diversificado, aproveitando seus recursos naturais e sua expertise em questões ambientais.

E as instituições financeiras?

Como vimos anteriormente, as instituições financeiras desempenham um papel crucial no mercado de créditos de carbono, tanto como financiadoras de projetos de redução de emissões quanto como participantes ativos na comercialização desses créditos.

Na prática, ao fornecer financiamento para projetos que visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa, as instituições financeiras contribuem diretamente para a mitigação das mudanças climáticas e para a promoção da sustentabilidade ambiental.

Além disso, ao adquirir esses créditos de carbono gerados por esses projetos, bancos e outras organizações podem utilizar esses ativos para cumprir metas de redução de emissões, compensar suas próprias emissões de carbono ou revendê-los no mercado. Isso não apenas incentiva o financiamento de projetos sustentáveis, mas também cria oportunidades para as instituições financeiras diversificarem seus portfólios e gerarem receita adicional por meio da negociação de créditos de carbono.

Diante desse cenário, é nítido o potencial que essas instituições têm de se tornarem líderes no mercado de créditos de carbono, promovendo práticas comerciais sustentáveis, impulsionando a inovação financeira e contribuindo para a transição para uma economia de baixo carbono.

No entanto, é fundamental que elas estejam alinhadas com as regulamentações e diretrizes estabelecidas pelo Banco Central e outras autoridades competentes, garantindo transparência, conformidade e responsabilidade em suas operações relacionadas à sustentabilidade climática e socioambiental.

Soluções de compliance socioambiental para instituições financeiras

Mais do que uma obrigação legal, o compliance socioambiental é de extrema importância para o sucesso das instituições financeiras, sendo uma oportunidade lucrativa para construir estruturas de crescimento sustentável.

Ao incorporar práticas de compliance socioambiental em suas operações (como investir no mercado de créditos de carbono), as instituições financeiras podem não apenas cumprir com suas responsabilidades éticas e legais, mas também capitalizar as vantagens oferecidas por um mercado cada vez mais orientado pela sustentabilidade.

A instituição pode:

  • Identificar e mitigar riscos relacionados a mudanças climáticas, escassez de recursos, violações de direitos humanos e práticas trabalhistas precárias;
  • Investir em empresas e projetos sustentáveis com alto potencial de retorno financeiro e impacto positivo na sociedade;
  • Fortalecer a reputação da sua instituição como um agente de transformação social e ambiental;
  • Acessar novos mercados em rápido crescimento, como o mercado de créditos de carbono e investimentos verdes;
  • Atrair e fidelizar clientes que valorizam empresas comprometidas com a sustentabilidade;
  • Desenvolver novos produtos e serviços inovadores que atendam às demandas de um mercado cada vez mais consciente.

Nós da VEGA estamos comprometidos em apoiar as instituições financeiras na busca por oportunidades de investimento sustentável e lucrativo. Como vimos, o mercado de crédito de carbono representa uma maneira tangível de promover a sustentabilidade e contribuir para um futuro mais flexível e próspero.

Entre em contato! Estamos à disposição para discutir como nossa plataforma agroambiental pode ajudá-los a aproveitar essas oportunidades e alcançar seus objetivos de investimento e responsabilidade social corporativa.

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