Agronegócio no Brasil: como as condições climáticas podem afetar os cultivos?
Entenda como o gerenciamento de riscos é indispensável para mitigar as consequências das mudanças bruscas no clima
As condições climáticas são um tema cada vez mais debatido nos últimos anos. Recentemente, o fenômeno El Niño trouxe um aumento considerável de temperatura e precipitação, levantando preocupações sobre como esse cenário pode impactar o agronegócio brasileiro.
Com esse contexto, a gestão de riscos climáticos tornou-se essencial para garantir a sustentabilidade e a qualidade das atividades agrícolas. O Brasil, com sua vasta extensão territorial e diversidade climática, enfrenta muitos desafios, já que as circunstâncias meteorológicas impactam diretamente os cultivos.
Pensando nisso, neste texto nós vamos explorar os principais impactos na lavoura e como a gestão de riscos é uma estratégia indispensável para que o agronegócio brasileiro minimize os impactos dos eventos climáticos. Continue a leitura para entender como essas medidas podem fazer a diferença!
O gerenciamento de riscos climáticos no agronegócio
O gerenciamento de riscos climáticos no agronegócio envolve a adoção de práticas e tecnologias avançadas para minimizar os efeitos negativos de eventos climáticos extremos, como secas prolongadas, enchentes repentinas, geadas e ondas de calor. Essas práticas incluem o monitoramento contínuo dos padrões meteorológicos, a implementação de sistemas de irrigação eficientes e o uso de tecnologias de previsão meteorológica.
Tecnologias como sensoriamento remoto, inteligência artificial e análise de big data permitem aos produtores e as empresas que apoiam o setor monitorarem as condições das lavouras em tempo real, antecipando eventos adversos e ajustando suas práticas de manejo conforme necessário. Esse gerenciamento proativo é crucial para manter a produtividade e a sustentabilidade das atividades agrícolas.
Quais são os principais impactos nas lavouras?
De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), o El Niño causou replantio de diversas áreas e atrasos no plantio e colheita de culturas como milho e soja em vários estados do Brasil.
Impactos na soja:
- Erosão do solo e carreamento de nutrientes: Aumento de chuvas leva à perda de solo fértil e nutrientes essenciais para a planta.
- Alagamentos e abortamento de flores e vagens: Excesso de água causa danos físicos às plantas e afeta seu ciclo reprodutivo.
- Antecipação do ciclo da cultura: Mudanças bruscas no clima podem acelerar o ciclo da planta, afetando a qualidade e quantidade da produção.
Impactos no milho:
- Déficit hídrico: Falta de água em fases críticas do desenvolvimento da planta reduz a fotossíntese e, consequentemente, o rendimento.
- Estresse hídrico: A falta de água estressa a planta, comprometendo seu crescimento e desenvolvimento.
- Excesso de chuvas na colheita: Alta umidade afeta a qualidade dos grãos, tornando-os mais suscetíveis a doenças e deterioração.
Esses impactos demonstram a necessidade urgente de práticas eficazes de gestão de riscos para proteger as lavouras e garantir a continuidade da produção agrícola.
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Como o agro no Brasil pode se adaptar?
A gestão agrícola no Brasil é fortalecida por políticas públicas e incentivos governamentais, como o Plano Safra, que apoia a adaptação às mudanças climáticas e promove a sustentabilidade ambiental. Nosso país investe em pesquisa e desenvolvimento agrícola, e esses investimentos tendem a aumentar, gerando soluções inovadoras que fortalecem a resiliência do setor.
Além disso, a integração de dados meteorológicos e modelos de previsão climática permite antecipar eventos extremos, dando aos produtores a chance de ajustar suas práticas de manejo.
O seguro agrícola também desempenha um papel crucial, oferecendo aos agricultores uma rede de segurança financeira em caso de perdas relacionadas ao clima.
Recomendações para reduzir as perdas
A gestão de riscos é fundamental para evitar que eventos climáticos causem danos significativos no agronegócio. Além disso, algumas recomendações podem ser seguidas durante a safra:
- Monitorar pragas e doenças continuamente
- Manejar pragas e doenças de forma eficiente
- Proteger folhas e estruturas reprodutivas das plantas
- Seguir rigorosamente o cronograma de nutrição de plantas
- Utilizar ferramentas eficientes para monitorar as condições climáticas.
Ferramentas eficientes para a gestão de riscos
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